terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Depois do Mundo (1)

Sozinho
como sempre foi.

Caminho
como sempre foi.

Restou da nossa ilusão
o cansaço do trabalho
inútil, suor sem flores.

Restou da nossa ilusão
qualquer som indefinido,
sem paz, sem choro, sem grito.

Restou da nossa ilusão
uma imagem pouco clara
de vergonha e nostalgia.

Restou da nossa ilusão
as ideias violentas
em cicatrizes de ódio.

Restou da nossa ilusão
o céu intacto,
o sol invicto.

Como sempre foi.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Prólogo a Depois do Mundo

Andando a esmo.
A esmo, mas em frente.

Eu sou o mesmo.
Igual a toda gente

sem rumo.