terça-feira, 30 de setembro de 2014

Descida (rascunho de uma quarta parte)



A porta, o portão, o meio da rua.

De cada lado as lápides preservam
seus andares de corpos esgotados.
Jazigo compacto e compartilhado
com gente de quem não se sabe nada,
como se não fossem mais que só um nome
sem homem, gravado em placa de esquina.

A cor do céu permanece indisposta.

Sobre o sono dos prédios uma só
rua apagada não revela a noite
pelada, nem mostra os dentes do céu,
não transporta pra fora da cidade
onde a iluminação não vem de baixo,
onde as máquinas também têm descanso.

A madrugada pelo céu sem vistas.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Descida (rascunho de uma terceira parte)


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