segunda-feira, 9 de junho de 2014

Descida (rascunho de uma primeira parte)

Raio forjado no erro.

O transformador estoura
e a noite acende por baixo
as janelas apagadas.

Fogos reais de artifício.

As quadras sofrem o uivo
intenso que oscila, rasga
o animal de ferro e some.

Deixa o apagão como um eco.

A calma negra do rio
entre as torres é riscada
por fósforos automóveis.

Mas logo é escuro e silêncio.