quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Via de mão única

 Isso não é mais conversa.
Nunca tinha percebido,
Há muito não conversamos
mas no mínimo desvio
mais, não por falta de tempo,
de atenção torna-se claro,
nem de palavras jogadas
como a faixa – que me indica
(desviadas por maus ventos
o caminho e me limita
ou desde o início sem rumo,
o espaço – nervosa sobre
incapazes da distância),
o asfalto riscado, pouco
nem (repare que não resta
antes de entrar sob a roda,
em mim nenhum otimismo:)
no canto do para-brisa,
de qualquer coisa a ser dita,
se curva pra dentro, busca
mas parece que por uma
minha direção, enquanto
total falta de interesse.
o carro segue, essa praga.