Pelo quintal
a organização das telhas,
o esqueleto da cobertura,
os carros ainda sem peças.
Pela
varanda
cascas de laranja em espiral,
cinzas na caneca de metal,
um maço vazio, uma ponta,
um recibo ou extrato da conta,
a neta no fundo de tela
do celular que agora toca.
Pela
sala
a roupa sobre o sofá
separada pra trabalhar.
Pelo quarto
o lençol jogado.
No
banheiro
a caixa esvazia
a chuva da casa,
o choro velório,
no velho no chão.
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