De lá das janelas,
computadores
e celulares continuam
suas
comunicações sempre
repetidas.
Vejo na tela
de nuvens
o que a
cidade projeta.
Nada nesse
mar laranja
nada nesse morto
mar
nem o aperto
da moldura
entre os
prédios, postes, fios
nada desse
céu fechado
nem o som se
o som chegasse
nem o cheiro
se eu soubesse,
lembra a
impressão do universo
que tive em
outra descida
(com olhos que nem mais tenho)
por uma
estrada de terra
margeada pelo
mato,
a lua como
lanterna,
o chão como
um rio claro
na escuridão
navegável.
É a diferença
de um céu
que encerra e
de um que infinita,
do que restringe
a ambição
e do que a
deixa ferver
em si mesma,
por si mesma,
sob a luz (pressão)
de nossa
microscópica
potência.
E mesmo que
as duas vias
lacrem
destinos iguais,
não me
importa ter os astros
no alcance da
mão, só importa
a velha visão
marcada
na mente como
possível
e o desejo de
revê-la.
O que eu só
percebo agora.
***
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