Nossos rastros à miragem.
Eu sou de pedra selvagem
mas é também o deserto.
Essa areia é pó de ossos
de projetos como os nossos.
Nada é inesperado, nem impossível, nem impressionante
nesse mar de ruínas humanas.
Nada é inesperado, nem impossível, nem impressionante
nessa terra de dias cansados.
Eu não sou ninguém,
eu não tenho nada,
eu nem tenho nome.
Por fim volta a lugar nenhum.
Talvez eu tenha:
um tempo curto
(mas que não sei
se é mesmo meu.)
e o que eu sou
(o que me habita,
nômade como
eu mesmo sou).
Por fim de volta a lugar nenhum.
Na areia os ossos
da cidade em pedaços.
Mas nunca foi bela.
No seco os campos
de esforços improváveis.
Mas nunca foi fácil.
Por fim, de volta a lugar nenhum,
vamos viver como cresce o fogo.
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