Os
pés não param.
E
ele disse:
— Filho.
O
sol os segue.
E
inocente:
— Aqui o fogo e a lenha,
mas cadê o cordeiro
para o sacrifício?
O
sol nas vistas.
E Abraão
disse:
—.
Seguiam
juntos.
No
lugar indicado,
Abraão
ergue o altar,
organiza
a lenha,
amarra
Isaac.
Por
um único instante
o
cutelo não treme.
Nem grito
dos céus,
nem berro
do filho.
Da
boca de pedra
não
jorrou palavra.
O
sangue o tingiu
de
um silêncio vivo.
Sobra
a voz do fogo
e o
caminho de volta
sob
a intensa sombra do céu aberto.
— Abraão! Abraão!
Diz a
mulher sem muita esperança.
Abraão
com os olhos sobre nada,
como preso na revelação.
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