As portas fechadas sabem
um tanto sobre esperar.
E as roupas molhadas trazem
à pele o frio da espera.
Não vem notícia de passos
nem de chaves se batendo.
O tempo deita no chão
a mala meio vazia.
As paredes, o extintor
e a lâmpada se incomodam
com o olho mágico cego.
Será que é tão tarde assim?
Ninguém me esperava mais?
— Bem-vindo — diz o capacho.
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