Eu poderia dormir.
A manhã talvez traria o meu
amigo, que enfim me receberia como combinado, jogaríamos conversa fora sem
muito a dizer, comeríamos alguma coisa, antes
que ele pudesse finalmente descansar depois da madrugada de trabalho e antes
que eu saísse para o congresso depois de aproveitar a oportunidade do rápido
encontro ao passar pela cidade que há tanto tempo o contém.
Eu deveria dormir.
Mas a noite é essa mulher que mal
conheço e que sempre causou ótima impressão num estado bizarro e pelo menos curioso
de distância até meio forçada, quem sabe química, que me sugeriu possibilidades
atordoantes, que minha visita, sem se imaginar incômoda, apenas seguindo um
combinado, veio atrapalhar: seja um sofrimento por algo específico, seja um exercício
regular de autodestruição.
Empatia e desconforto.
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